Carta aos Togados


Senhores magistrados, homens e mulheres, concursados ou não.

As linhas que se seguem se destinam a cada um de vós, mas neste momento especialmente aos não concursados, àqueles que têm fechado os olhos, os ouvidos e a consciência num atropelo constante à Carta Magna que tendes como dever Moral e Espiritual de respeitar.
Afinal, sois membros nomeados - em nome do povo - para o exercício da judicatura em um Tribunal Constitucional.
Uma grande parcela dentre vós, tem se deixado conduzir pela vaidade e pela inconseqüência no exercício da função pública, esquecendo-se do peso da responsabilidade moral e espiritual que carregam sobre os ombros e do resultado funesto para a caminhada de vossos espíritos em outra dimensão.
Uma parte de vosso grupo vai se deixando conduzir por direcionamentos convenientes e equivocados de vossos orientadores espirituais, pelas favoráveis e extremamente simples promessas de perdão para as dívidas contraídas como espíritos encarnados, como se tais débitos pudessem ser resgatados com moeda corrente ou com penitências banais e ilusórias.
As dívidas contraídas pelo homem, na maioria das vezes podem ser pagas enquanto encarnados, mas aquelas que maculam a alma, que ceifam a vida ou atropelam os conceitos de moral, de justo e de direito só serão resgatadas através do tempo e das vivências de real penitência e resgate no mundo do espírito.

Carlos Gama.